11 Maio 2009 11.30H

O Perdão deve ser um exercício difícil... tanto caminho de pedras aguçadas e fendas ocultas... a chuva que o faz escorregadio... a luz que, trémula, engana. Ora se agarra um tronco ôco, ora se agarra nada... e a luz baça persiste... e se escolhesse outro? Deitei-me dos sentidos fora... dobrei o que não era de dobrar... afiei novas lãminas no armário, outrora vazio, hoje um saco furado onde o cheiro intenso a nada nem me comove. Era por quem orava, pedia, chorava... é por quem ainda peço, agasalho, esqueço. Nesta roda dentada ainda não pousei, fiz-me cinzenta e arquivei. Blocos duros e aramados contornam esse vento, mas vou comendo uma cereja e outra... Parabéns!!! Que o teu caminho se desenhe belíssimo, se ilumine de árvores e desejos, de risos e abraços, de lindas rodas de encantar e nesse teu castelo as aves e outros façam ninhos aos teus olhos. Viva a música e o Amor!!!